Dia 06 de maio: San Isidro - Sucre 300 kms

Ainda ontem em San Isidro, depois que deixamos a lan house, lá pelas 22;00 hs, saímos a procura de um lugar para comer, mas não encontramos nada aberto, o jeito foi fazer a janta no quarto mesmo; e ficou muito gostosa por sinal.
Bom, hoje levantamos cedo, o "Boliviano" fez o café, tomamos, ajeitamos a bagagem, que demora pra caramba essa arrumação, por estarmos levando cozinha e barracas... então alí pelas 08:00 horas saímos rumo a Sucre; de cara já topamos uma péssima estrada, muito difícil mesmo, estrada de terra na cordilheira não é fácil não, mas em compensação as paisagens são lindas de verdade; como a parte mais difícil estava no começo, levamos a manhã toda para percorrer 100 kms; nesse trajeto, na chegada da cidade de Saipina existe um posto policial, paramos e veio o policial, nos perguntou se éramos brasileiros, num bom português, e depois disse que foi criado em Puerto Suarez, cidade boliviana colada em Corumbá; e que tem 02 irmãos brasileiros, que são militares no Brasil; em momento algum nos pediu nada, muito pelo contrário, eu é que pedi uma "propina" na verdade um "regalo" (presente) para ele, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk; perguntei se ele não me presenteava com o brasão da Policia Boliviana, ele pensou um pouco e logo depois que eu disse que tenho em meu colete um da PRF, presenteado por um policial, ele puxou do velcro o brasão e me deu; obrigado de coração ao irmão CB Saucedo da Policia Boliviana da cidade de Saipina, tenha certeza que para mim esse gesto foi sem dúvida uma borracha para apagar as coisas negativas relacionadas a Policia Boliviana, agora vejo que existem mais policiais bons do que ruins. Falando nisso, aquela história dos bolivianos tratarem os brasileiros com indiferença ou até mesmo negar vender um prato de comida ou gasolina, não vimos isso por aqui, muito pelo contrário, o povo aqui é bom demais, igual ao povo peruano que tanto gosto; mas...... pode ser porque estou acompanhado por Ele, nada mais nada menos que o "Boliviano", kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk; seguindo e adentrando a cidade de Saipina, que é até grandinha para o padrão das vilas nessa rota, assim tipo 6.000 habitantes, passando ao lado da praça central fomos abordados por populares, que nos pararam para nos dar as boas vindas e dizer que ficássemos alí com eles um dia pelo menos, pois alí é a cidade onde existem as "ticas" mulheres mais bonitas da Bolívia... aí eu completei... e os homens mais feios da Bolívia também... aí todos caíram na risada, conversamos bastante e depois prosseguimos; mais adiante numa vila encontramos um casal de alemães, Horst e Doris, em duas BMW, ele a 10 meses na estrada, ela a 4 meses, não sei como ela conseguia segurar aquela moto no braço naquelas pedras soltas e buracos, que sirva de incentivo para outras mulheres que sonham, mas acham que é muito difícil; eles vão passar por Rondônia indo para a Venezuela; logo depois deles rodamos mais um bocado até encontrar um rio e fizemos nosso almoço, muito bom por sinal, tô gostando demais desse estilo de viagem; depois do almoço, mais pedra, poeira e buracos; até chegar no asfalto foram mais 60 kms, bem difícil de rodar, sabe aquele cascalho solto, que fica boiando na estrada, que por vezes te leva para onde ele quer, era desse aí; minha moto está bem estável no cascalho, mas a do Fabio, fica com a frente muito solta, o que exige muito do piloto, ou melhor do "Boliviano"; quando saímos no asfalto aumentamos o rítimo, mas com muito cuidado, pois as estradas aqui parecem a arca de Noé, cheia de animais soltos; conforme começamos a subir, nossa cabeça começou a ficar pressionada, era o mal da altitude ou soroche chegando, em determinada altura, creio que a uns 50 kms de Sucre e já bem tarde, ví um posto de saúde na beira da estrada, e fui ver se eles tinham um remédio para aquela situação, foi aí que eu coloquei o boliviano numa fria, sem querer é claro; entrei e perguntei para a enfermeira se tinha remédio para soroche, aí ela me perguntou quem estava mal, eu disse eu e meu amigo, mas ela entendeu que meu amigo estava mal e eu não, na verdade era só uma pressão na cabeça, mas conseguiríamos ir até na China, era coisa pouca sabe, eu fui só comprar dois comprimidos... e aí já mandou o boliviano sentar, mediu pressão, pesou o boliva e mandou pra sala do médico; eu fiz foi um favor pro boliviano, ganhou um chek-up grátis; na sala do doutor, foi consulta demorada, escutou o coração do boliva e tudo mais... depois de algum tempo o doutor me disse que o boliva iria ter que repousar alí pelo menos 30 minutos, aí ficamos lá batendo papo com o Dr. Jhonny Iglesias e a Enfermeira Florinda Fernandez Pérez, do Centro de Salud Chuqui-Chuqui; aos quais agradecemos de coração pelo ótimo atendimento e cuidado com o Boliviano; o problema é que o tempo estava passando e a noite chegando... mas fazer o que, vai desobedecer o Dr.; ao meu modo de pensar Deus nos livrou de algo errado mais a frente; tocamos em frente e agora estamos nós aqui em Sucre que é linda pra valer.

daqui pra frente fotos diversas... estou sem tempo p colocar na ordem, depois arrumo, pois são da outra máquina; infelizmente o tempo é curto, e para que entendam as fotos, deverão ler toda a postagem; obrigado por nos acompanhar!