Bem vindo...

...bem vindo a porta que te levará a viajar comigo; que te fará meu companheiro(a) em cada nova aventura... e história nas antigas; venha, vamos juntos conhecer o mundo... Andarilho.

Quem sou eu

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Porto Velho , Rondônia, Brazil
...Motociclista aventureiro, apaixonado pela vida e pela liberdade... ...Andarilho autodidata em moto turismo; é otimista, prega e tem por objetivo, viver a vida intensamente com responsabilidade; preza pela direção defensiva e responsabilidade no trânsito, é disciplinado e adora desafios. Possui vasta experiência em viagens de curto, médio e longo alcance; e tem prazer em planejar, organizar e executar expedições, viagens e passeios; sempre muito bem acompanhado por sua fiel companheira "Sarita", sua Nx 350 Sahara 1999; manja da mecânica básica de motos e fala "portunhol" 🤣

sábado, 22 de dezembro de 2012

Feliz Natal e um 2013 de muitas realizações!

Que você tenha um Natal repleto de amor e paz, juntamente com seus familiares e amigos; e que seus sonhos se realizem nesse ano que se inicia, que em 2013 possamos rodar muitos quilômetros e rever e fazer muitos amigos!

Como considero que todo estradeiro é também um andarilho, aceite esse singelo presente de natal:

O POEMA DO ANDARILHO
I
Menor que meu sonho
não posso ser

Mil identidades secretas.
Mil sobras, sombras, mil dias.
Todas palavras e tudo.
Barco de ambigüidade,
sôfregas palavras.
De todas contradições, desencontros,
dos contrários de mim,
andarilho da flecha de várias pontas, direções.
Dos outros seres
que também andarilham.

Pois menor que meu sonho
não posso ser

Andarilho
de ervas sutis
crescidas de noites luzes
becos latinos frêmitos Andes ilhas.
Andarilho
de santos falidos, feridos
de vaidade.
Dos frutos da segurança vã,
vã beleza de repente solidão.

Feitiços, laços, encantamentos.
Prodígios, Tordesilhas, ressentimentos.
Andarilho de perder pele, asa e uso,
mariposa da lua difusa do amanhecer.
Andarilho
de paisagens precárias do sentimento
guardado a sete chaves,
não fotografável,
nem desvendável em câmaras escuras, secretas torturas,
ou à luz de teus olhos surpresos, presos
nos meus olhos, ilhas.
Pois menor que meu sonho
não posso ser


Andarilho.
De insignificâncias magníficas colheitas do nada.
De tudo que ninguém se lembra
nem nunca escreveu.
De uma nuvem veloz reflexo de outra nuvem
andarilha nuvem do sul
de onde vem a luz,
andarilho.


Crescem em mim as palavras sensações mais estranhas
e andarilham.
Arrulho de palavra pousada ave
sobre um minuto de trégua e milagre do tempo
quando o sol se põe atrás do horizonte inquieto
do dicionário
e da dúvida:
armadilha.

na saliva na garganta
na palavra escrita primavera
na capa de um caderno antigo
do Grupo Escolar Polidoro Santiago de Timbó
andarilho de linhas esquecidas tortas velhas trilhas
datas de nascimento e burlescos aniversários
andarilho andorinha
em ziguezague na festa
na face de Deus.

Aos trancos e barrancos, andarilho.
De trincos e garimpos, andarilho.
Andarilho de desafios, desafinos.
De socos recebidos e raros revides,
de atonias em atrofias, andarilho.

Andarilho.
Na diferença palpável da volúpia.
De assédios, impertinências, ideologias.
De recalques,
decalques, vídeos, celulóides, fitas
gravadas da liberdade,
gravatas, contatos, contratos,
andarilho.

Pois menor que meu sonho
não posso ser.


II

Empoleirado em minha gaiola de ineficiência,
andarilho.
Longe de grandes e confortáveis salas
da subserviência, andarilho.
Transitivo, substantivo, adjetivo.
Solto na correnteza do medo, da instabilidade
de tudo, na multidão de afetos.
Eu, claro enigma: sete palmos de terra,
sagrado sopro de todo o sentimento.
Eu, quebrado espelho d’água de Narciso
e fogo de Orfeu entre a paixão
e o definitivo tempo.

Eu estranho a maioria das vezes
na própria terra do poema
onde me sedimento, acidento,
me desencaminho, me aninho,
me enovelo em trama de pouco, em menos,
em quase nada
e mesmo assim andarilho.

Pois menor que meu sonho
não posso ser

eu matéria recalcitrante do futuro.
Eu a nação inteira sob o impacto do sonho.
Eu dissecando a morte sobre a mesa da manhã.
Eu onipresente e diluído na dor geral.

III
Fechei meu expediente da comoção fácil.
Corretores da insegurança:
deixai a sala de frente da precariedade.

Atravesso jejuns, desdéns,
indecisões, hospedarias do tempo.
A luz acesa de hotéis bordéis pobres e mal cheirosos
suicídios alheios pleonasmos.

Atravesso anúncios
e antenas.
Os homens apressados do século XX
e sua matéria veloz de sobrevivência atravesso.
A rua que antes atravessei atravesso outra vez
e a praça onde contornei a liberdade
da palavra
e da liberdade.
volto a atravessar.

Pois menor que meu sonho
não posso ser

Atravesso cartazes de cinema
ofertas do dia de supermercados.
Estádios de futebol, sirenes que falam
de morte inventada em subterrâneos sombrios.
Atravesso lianas, liames, hienas, reconciliações,
pecados capitais e provincianos ais.

Atravesso manchetes
de maré cheia, crescente de vazantes mares,
absurdas frases e as mais absurdas caligrafias,
atravesso sentidos sem sentido nenhum, de repente,
onde me decifro e hieróglifo.

Vácuos, opalas, opalinas, vícios.
Mesuras, curvaturas, arbítrios, alienações.
Tudo atravesso.
Atravesso a casa dos ventos uivantes.
O assombro, a censura,
a navalha na carne.

Atravesso o crime perfeito, utopias,
as profecias todas do país das falas guaranis,
guaranás.

Pois menor que meu sonho
não posso ser

IV
Não afino com instrumento
que se toca à distância
Não proponho propostas de diluição
Não sou agente do vazio
nem de asas que o homem não tem

Se acreditais em sistemas de elocubração
Na gema brilhante do nada
Em recheio de palavras e sofisticados relatórios
Se acreditais em clara batida
nas panelas obscuras da prepotência
Se quereis teorias de mim
Se me quereis longe da paixão:
tirai o cavalo da chuva

Pois menor que meu sonho
não posso ser.

V
Passa o tempo.
Como passa, passou o tempo.
oh! frase feita,
inútil consolo e alívio.

Passo este tempo que me passa.
Passo pontos de interrogação, helespontos,
helespantos.
Passo a ponte, o poente.
Deliberadamente passo
mas sem pressa, passo
a passo.
Passo os fusos horários
e passeio entre o sonho
e as palavras.

Também entre as obscenas por decreto.
Pois menor que meu sonho
não posso ser.

VI
Atravesso compêndios, currículos, apostilas
de silêncio
e minha sombra pisada
por outra sombra
também feita de tudo
e nada
Atravesso simulacros
e arranco o lacre da palavra

Pois menor que meu sonho
não posso ser

atravesso o avesso
E meu barco de travessias
é a palavra terra
cercada de água por todos os lados

Pois menor que meu sonho
não posso ser

Estou do lado de lá da ilha
Aqui disponho de mim
e conheço meu próprio acesso
Aqui conheço a face inversa da luz
onde me extravio
e não cessarei jamais

Pois menor que meu sonho
não posso ser.



Lindolf Bell

domingo, 25 de novembro de 2012

Forte Príncipe da Beira - Rondônia

Na quarta-feira, 07 de novembro, recebí aqui em minha cidade, 06 ilustres motociclistas, sendo: Jefferson de Olinda - PE do MC Aventureiros da Terra, Justiceiro de São Luiz - MA do MC Anjos da Ilha, Gabriel de Peixoto de Azevedo - MT, Marcelino e Anderson de Barra do Garças - MT do MG Aventureiros do Araguaia, Clésio de Goiás também do MG Aventureiros do Araguaia; todos com o desejo de conhecer o Real Forte Príncipe da Beira; um forte construído pelos portugueses ainda no século XVII, em plena floresta amazônica, as margens do Rio Guaporé, fronteira natural entre Brasil e Bolívia no município de Costa Marques aqui em Rondônia; e serei o guia deles daqui pra frente. Ainda na quarta a noite se juntaram a mim, meus companheiros de MC aqui de Rolim de Moura: Roberto, João, Júnior, Gilmar, Renato, Gean, Camila e Hiago,  para junto com nossos visitantes, comemorarmos mais essa ilustre visita a nós e a nossa querida cidade.
No dia 08 logo pela manhã se juntaram a nós, mais 03 motociclistas aqui de Rolim de Moura: Júnior e Gean e sua esposa Camila; depois de alguns reparos nas motos, nos deslocamos para Costa Marques; percurso de 350 kms, sem alterações; no fim da tarde cruzamos o Rio Guaporé de barco para fazer umas comprinhas básicas nas palafitas bolivianas em Buena Vista - Bolívia; voltamos de lá já a noite; depois da galera matar a sede e abrir o apetite com uma cerveja bem gelada, já nas palafitas brasileiras; jantamos num restaurante muito bom, comida muito boa mesmo, todos gostaram; depois de muito bate papo, fomos descansar para no dia seguinte ( 09 de novembro) irmos ao forte.
Dia 09 logo pela manhã, fomos tomar o café da manhã na padaria do Argentino, um legítimo argentino fã incondicional de Che Guevara; e logo depois partimos para o forte, por uma estrada de terra, distante de Costa Marques uns 28 kms. Chegando, fomos recebidos pelos soldados do Exército, que tomam conta da fortaleza; depois de visitar o pequeno museu e conhecer um pouco mais da história da construção, ocupação, abandono e descoberta do forte por Rondon; seguimos para a fortaleza para conhecer melhor e fazer algumas fotos; todos gostaram e ficaram muitos satisfeitos de terem tido a oportunidade de conhecer mais um pedacinho e mais um pouco da história do nosso amado Brasil. Logo depois retornamos a Costa Marques, almoçamos e pegamos estrada; obrigado aos irmãos pela visita e pela confiança em mim como guia em mais esse moto passeio aqui nesse cantinho da nossa Amazônia. Selva! Brasil!




nossos amigos, ainda no MT



nossos amigos no Portal da Amazônia, Vilhena-RO



Eu e Roberto fazendo a recepção em Nova Estrela



jantar em Rolim de Moura






bandeiras dos MC visitantes



café na minha casa



chegada a Costa Marques






do outro lado já é Bolívia



indo pra Bolívia



eu, muito feliz indo pra BO



Brasil ficando para trás



pôr do sol no Rio Guaporé



Buena Vista - Bolívia



Jefferson, El Bigódon



Justiceiro



matando a sede, já no Brasil novamente



estacionando para jantar



Justiceiro e Gabriel, na linda noite costamarquense



a cidade é bonita e o rapaz ajuda, kkkkkkkkk



ela voltou da BO assim



acampamento na casa de um amigo meu, obrigado Luiz (Paizão)



café da manhã



padaria do Argentino



estrada pro forte



primeira vista do forte



Pelotão Especial de Fronteira






uniforme usado pelos militares portugueses na época da construção e ocupação do forte



forte com seus imponentes muros com 10 metros de altura



entrada principal do forte


















detalhe entalhado na pedra




canhões



tiro pela culatra






Rio Guaporé, e do outro lado a Bolívia



nesse fosso que circunda o forte havia água na época, a fim de dificultar a invasão inimiga









entrada para barcos






prisões



prisão, vista interna



prisão,  vista externa






Que não ousem ameaçar nossa Amazônia!



alegria, alegria



olha o preço do combustível em Costa Marques