Depois de quase 10 anos encontrei meu caderninho com nosso
diário de bordo e então estou postando...
Levantamos, tomamos café e fomos até a fronteira Brasil/Bolívia,
na ANVISA, para tirar a carteira internacional de febre amarela do Roberto; mas
ainda estava fechado, então aproveitamos e entramos na Bolívia comprar alguns
apetrechos necessários na viagem. Na volta deu tudo certo; o Roberto conseguiu
fazer a carteira dele. Voltamos pro hotel arrumamos a bagagem nas motos e
seguimos para Assis Brasil. Chegamos, almoçamos e logo mais fomos até a Polícia
Federal, informar nossa saída e assim pegar o carimbo necessário na imigração
peruana. Então muito entusiasmados e animados seguimos para o Peru; cruzamos a
ponte e chegamos em Iñapari na imigração, onde deu tudo certo, todos os
trâmites; imigração, e importação temporária de veículos. O câmbio: com R$ 1,00
compramos $ 1,60 soles; muito bom. (Nota:
Seguro não fizemos, não era cobrado na época; nem ficamos sabendo que existia
um seguro; hoje o SOAT.) Dali
seguimos para Puerto Maldonado; rodamos por asfalto 80 km até San Lorenzo, onde
abastecemos. Dali pra frente foram 150 km de estrada de terra muito ruim; alguns
pedaços em construção, pista molhada, alguns trechos com aquelas pedras redondas
tipo seixo; que levam a moto para onde elas querem, muito difícil a pilotagem.
Entrou a noite nós ainda na estrada; longe ainda... muita poeira. Então passou
um caminhão caçamba, daqueles bem grandes, e a estrada sumiu; devagar tentei ir
para a beira da estrada para evitar ser atropelado por outro caminhão, pois a
visibilidade era zero. Cheguei bem antes do esperado no barranco, e deitei com
a moto; fiquei com minha perna direita presa; a moto estava bem pesada e foi
difícil tirar todo aquele peso de cima de mim. Levantei a moto não sei como,
mas a mesma não pegava; até que o Roberto sentindo falta do meu farol, voltou e
me ajudou a fazer a moto pegar. Passado o susto, seguimos até chegar às
pequenas balsas na beira do Rio Madre de Diós. (Nota: hoje aquela linda ponte na chegada de Puerto Maldonado.) Passamos
as motos em cima de uma tábua, já dentro da balsa tivemos que virar a moto para
trás, pois a balsa só tinha uma entrada/saída; foi muito difícil manobrar as
motos dentro da minúscula balsa. O rapaz da balsa nos disse que era simples
virar a moto, era só usar o pezinho; então dissemos a ele que com aquele peso
todo, com certeza quebraríamos o pezinho das motos. Fomos girando devagar as
motos, fazendo um vai e vem até girar as motos 180° e saímos pelo mesmo lado
que entramos. Já desembarcados, saímos a procura de um hotel; ficamos no Hotel
Royal, que é muito bom porque tem um pátio interno onde podemos guardar as
motos bem próximo de nosso quarto. Nós e as motos, bem como nossa bagagem, era
só poeira, muita mesma. Mas a alegria de estar ali era maior. Tomamos um bom
banho e saímos para jantar; comemos frango com salada, regado à
coca-cola; e então fomos descansar.
Roberto "mocozando" o dinheiro ainda no hotel em Epitaciolândia
Rumo a Assis Brasil
Assis Brasil-AC
Assis Brasil
Almoço em Assis Brasil
De volta para os trâmites na PF
Alegria em estar ali
Tríplice Fronteira Brasil, Peru e Bolívia
Iñapari - Peru
Abastecendo as motos
Trâmites de entrada no Peru
Estrada de terra para Puerto Maldonado
Chegamos em Puerto Maldonado só a poeira
Rapadura é doce mas não é mole não kkkkkkkkkkkkk
Puerto Maldonado
Nossa bagagem ficou assim
Hotel em Puerto Maldonado
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