Depois de quase 10 anos encontrei meu caderninho com nosso
diário de bordo e então estou postando...
Depois do café fomos cambiar dinheiro, ver o preço dos
eletroeletrônicos numa feira especializada, bem como comprar alguns mp4.
Voltando seguimos para Santa Cruz de La Sierra. Estrada linda e perigosa;
descemos a cordilheira mascando chicletes, para ir descomprimindo os ouvidos.
Mesmo assim, como a descida brusca, os ouvidos sentem a diminuição rápida da
pressão. Em cada curva, um montão de cruzes... e enfim depois de bastante
rodar, altitude de 250 m.s.n.m. As motos já reagiram diferente, andando até a
120 km/h mesmo com o giclê da altitude. Então chegou a boca da noite e
decidimos não irmos para Santa Cruz, por se tratar de cidade grande; optamos
por dormir em Montero, cidade pequena, próximo a Santa Cruz. Um garoto numa
moto pequena nos guiou até um hotel com estacionamento; hotel muito bom, pelo
tamanho da cidade. Tomamos uma paceña para aliviar a tensão da estrada; comemos
uma pizza no quarto mesmo e fomos dormir.
Raridade que encontramos no centro de Cochabamba
Café da manhã no hotel
Algumas fotos de Cochabamba
Nascer do sol em Cochabamba
Quem souber algo sobre essa moto, comenta aí pra gente sobre ela.
Hora de pegar descendo para Santa Cruz de La Sierra
Na estrada sentido Santa Cruz
Sempre descendo
Cordilheira entre Cochabamba e Santa Cruz
Garagem do hotel em Montero, perto de Santa Cruz
Hotel
Roberto tomando uma paceña para não perder o costume
Nossa casa por essa noite.
As vezes fico pensando... saímos sem avisar e chegamos também sem avisar; nos postos de combustível, nos restaurantes, nos hotéis... e sempre nos recebem e nos servem com carinho; ha mais querem ganhar dinheiro! Sim ainda bem... porque do que adiantaria você com cinco mil reais no bolso, na estrada no meio do nada; sem gasolina, com fome e sede, sem ter onde dormir... vendo assim; tem um algo a mais nessa situação... pela distância de nossa casa; chegar e ter uma cama macia bem limpinha para dormir, um banheiro, uma toalha limpa e cheirosa... o que comer... isso não tem preço! Obrigado a todas as pessoas que nos servem durante uma jornada como essa. Sei que muitos talvez nunca vão nem ficar sabendo que escrevi essas linhas aqui; mas quem sabe as pessoas que como eu também viajam, seja de que meio for, reflitam sobre isso; e passem a valorizar mais esses serviços tão necessários, que nos são prestados durante uma viagem. Olhem a foto acima e pensem nisso. Obrigado.
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