Depois de quase 10 anos encontrei meu caderninho com nosso
diário de bordo e então estou postando...
Nesse dia a paralisação foi parcial, mas tinha muita gente nas ruas; e mesmo assim o
comércio abriu as portas. Depois do café, saímos; na rua para a praça das
armas, passando em frente a um hotel, vimos a traseira de uma moto; vimos os
baús quadrados, e então perguntamos para a recepcionista sobre a moto e seu
dono. Ela nos disse que ele estava ali mexendo na moto, e nos permitiu ir até
aquele pequeno pátio fechado, onde estava a moto. Chegando nos deparamos com um
senhor bem grande, de meia idade. Seu nome era Alvaro, e ele era do Chile; pessoa
muito educada e alegre; estava ali viajando com sua BMW 1200. Trocamos
informações e contatos, fizemos algumas fotos e continuamos nosso passeio. (Nota: Durante a Expedição Fim do Mundo
2015; viagem à Ushuaia, no extremo sul da Argentina, passamos pelo Chile; e
tivemos o privilégio de ficar dois dias na casa de praia do Alvaro, em
Maitencillo; praia no Pacífico, um pouco ao norte de Viña Del Mar. Imagina como
é o motociclismo; depois de sete anos, nos reencontramos; e eu e meus dois companheiros
fomos tratados como amigos de longa data; muito bom. Obrigado Alvaro pela
amizade.) Seguindo, compramos algumas lembrancinhas, mais fotos e então
resolvemos procurar um restaurante que servisse feijão; pois havia mais de 05
dias que não comíamos feijão, e o Roberto estava sentindo muita falta. No Peru,
principalmente na região dos Andes, não se serve feijão normalmente igual aqui
no Brasil. Depois de muito procurar encontramos, era um feijão bem grande e
branco, mas estava muito bom. Nesse dia almoçamos arroz, feijão, bife e salada;
matou bem a saudade da comida brasileira. Depois do almoço, pegamos um táxi e
fomos comprar alguns giclês menores ainda, pois vimos que as motos ainda
sentiam bem a altitude; e também espuma para eu fazer um filtro de ar novo para
minha moto, bem como óleo para a corrente das motos. Como estávamos com tempo,
e as nossas motos e alforjes muito sujos, resolvemos lavar as motos; então as
levamos até um lava jato para lavar. Na volta o Roberto encontrou uma Brahma de 1.1 litros; a famosa litrão, ainda inexistente em nossa região no Brasil. (Nota: Hoje em dia já existe aqui também.) Ele comprou logo duas; e tomamos no quarto mesmo. Depois saímos para jantar e dar uma volta nos arredores da Plaza de Armas. O Roberto tomou mais uma cuba com um irlandês, que não entendia nada do que falávamos; e vice-versa. A "amizade" começou porque ele estava com uma camisa da seleção brasileira de futebol; aí aproximamos dele para conversar, pensando que ele fosse brasileiro; não era, mais foi só festa, quando ele descobriu que nós éramos brasileiros; já quis pagar uma cuba para nós; e o Roberto caiu dentro kkkkkkkkkkk... só alegria!
Chazinho de coca
Alvaro, o motociclista chileno
Moto sendo adesivada; (Nota: quando passamos lá em 2015, os adesivos ainda estavam na moto.)
Sua BMW 1200
Manifestações
Os "campesinos" lutando por seus direitos
E a polícia de prontidão
O outro lado de uma cidade tão bonita; mas que nós turistas realmente não conhecemos
Mais polícia
Tomando uma Cusqueña para abrir o apetite
Enfim encontramos feijão; ele tava muito feliz
De táxi, indo na Honda de Cusco
Lavando as motos
Picolezeiro uniformizado, e o carrinho dá gosto de ver; até comemos um picolé enquanto o hermano lavava as motos
O litrão
Roberto, o irlandês e a cuba
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