Hoje depois do café; indicados por D. Mírian, fomos conhecer
um dos casais mais antigos de Rolim De Moura do Guaporé, o Sr. Francisco Magipo
e a D. Narcisa Quintão Magipo. O Sr. Francisco Magipo, também conhecido como
Professor Magipo; brasileiro, professor aposentado e proprietário da Pousada
Beira Rio; têm 79 anos e nasceu em São João do Rio Mequéns, comunidade bem
próxima aqui da vila. Seu pai, João Magipo era peruano, sua mãe D. Francisca
Lopes era boliviana. Seu pai trabalhava aqui na região extraindo o caucho, uma
espécie de látex, muito semelhante a seringa. O Sr. Francisco Magipo teve 10 filhos com sua
esposa D. Narcisa Quintão Magipo, com quem esta casado a 58 anos. D. Narcisa
que é quilombola, ainda tem seu pai vivo; aos 105 anos ele vive em Guajará
Mirim, e goza de boa saúde física e mental, segundo ela. Conversamos bastante
com o Sr. Francisco Magipo, que nos contou muitas histórias, das mais antigas
as mais atuais; muitas descobertas, muitas informações e curiosidades; entre
elas ficamos sabendo de quem eram aquelas duas lápides que ontem encontramos no
cemitério antigo aqui da vila. As lápides feitas de tijolos maciços e cimento,
que são somente duas; a que esta sem inscrição é do avô paterno de D. Narcisa;
Norberto Quintão. E a outra, que tem a inscrição I.G. ; N. 11/01/1918 e F. 23/06/1945, é da finada mãe
de D. Narcisa, D. Idelfoncia Gomes; que morreu aos 27 anos, deixando 03 filhos,
entre eles D. Narcisa. Depois de quase 02 horas de prosa, nos despedimos, os
agradecemos pela atenção e paciência e fomos até o prédio da antiga escola, o
prédio mais antigo de Rolim de Moura do Guaporé; Escola Ana Néri, que foi
construída no ano de 1950. Também tiramos fotos da antiga igreja, bem próximo a
atual igreja, que por sinal é bastante antiga; pois a 20 anos atrás quando
estive aqui a serviço no Exército, ela já existia a bastante tempo. Pousada
Beira Rio e aluguel de voadeiras, fone: (69) 3646-3018. Falar com o Sr.
Francisco Magipo. Logo após as fotos fomos para o hotel, onde almoçamos e logo
depois fomos para onde estavam as motos de voadeira, subindo o Rio Mequéns,
escoltados pelo nosso amigo Antonio. Depois das arrumações, ali pelas 14:00 hs pegamos
o caminho de volta sendo castigados por um vento lateral muito forte, e logo
mais a frente a chuva caiu novamente, como havia sido na ida; aceleramos forte
rumo a Izidolândia, onde chegamos bem rápido, dadas as condições do clima e da
estrada. Já na vila, visitamos o Hotel Teixeira, de propriedade de uma
conhecida, D. Dorca; onde tomamos um cafezinho e depois de algumas fotos e
abastecer a R$ 4,05 o litro seguimos para Filadélfia; em Filadélfia, fotos e um
refrigerante... e aceleramos novamente rumo a Vila Marcão, trecho bem
interessante, com areões, serras, e inclusive um bom trecho de barro. Na Vila
Marcão, fizemos algumas fotos, descobrimos que o nome “Marcão”, é por conta de
um marco de cimento, com uma pequena placa circular de metal em seu topo, com a
inscrição INCRA. Ali o Amarildo ajustou a corrente da moto numa oficina de
motos e logo depois abasteceu, a R$ 4,04 o litro; eu e o Alexandre não
abastecemos. Dali seguimos para Vila Santo Antonio; no caminho, em meio a uma
estrada simples, encontramos uma obra de arte inusitada e que tem tudo a ver
conosco. Uma moto feita de pneus, na entrada de um sítio, onde tem uma borracharia;
fizemos algumas fotos e seguimos; chegamos lá pelas 17:30 h, e os poucos
moradores ficaram surpresos com nossa presença. Conversamos um pouco, e um dos
moradores e membro da A.P.P. da escola local, fez questão de nos mostrar a
escola; e quando estávamos indo para a escola, o pneu dianteiro da moto do
Amarildo furou. Depois de algumas fotos, o jeito foi visitar o artista que fez
aquela obra de arte que vimos lá atrás; quem diria que pouco tempo depois
estaríamos ali, precisando de seu serviço. Serviço feito, tocamos aqui para
Alta Floresta D’Oeste, onde chegamos por volta das 20:00 hs. Hoje rodamos 194
km, praticamente só terra da brava. Estamos hospedados no Hotel Decolores, onde
a diária de um triplo, custa R$ 120,00. Depois do banho, eu e o Amarildo fomos
comer; comemos um prato de espetinho completo por R$ 10,00. Enquanto o
aniversariante do dia, o Alexandre curtia uma enxaqueca no quarto do hotel.
Quero aqui em meu nome, e em nome do Amarildo parabenizar o Alexandre pela
passagem do seu aniversário conosco e na estrada; muitas felicidades e muitos
anos de vida, com muitos quilômetros pela frente. Parabenizá-lo também pelo
excelente companheiro que tem sido nesses dias de aventuras. Boa noite!
Total do dia: 194 km.
Entre o
estacionamento na margem do Rio Mequéns, em Rolim de Moura do Guaporé e Alta
floresta D’Oeste, segundo a rota da Expedição Rondon, 1ª Etapa.
Caminhos de Rondônia
Casa do Sr. Francisco Magipo
Um bate papo muito interessante
Professor Magipo como é conhecido, é um dos grandes organizadores da tradicional Festa do Divino. Exibe um livreto do evento, com toda sua programação e estrutura; de sua própria autoria.
Sr. Francisco Magipo, sem os óculos escuros
Foto antiga, a esquerda Prof. Magipo
Foto antiga, a esquerda Prof. Magipo
O casal Sr. Francisco Magipo e Sra. Narcisa Quintão Magipo. Ele brasileiro, filho de João Magipo, peruano e de Francisca Lopes, boliviana; casado com a Sra. Narcisa, quilombola.
Poesia de autoria do Sr. Francisco Magipo... por trás de sua seriedade se esconde um grande romântico
58 anos de casados
Amarildo tratando das galinhas
Manhã maravilhosa essa; obrigado Sr. Francisco e Sra. Narcisa!
Pousada Beira Rio - Fone 69 3646-3018
Antiga Escola Ana Néri, prédio mais antigo da vila, construído em 1950
A Escola Ana Néri hoje funciona em um outro prédio
Me lembrei de uma música do Zé Ramalho; Vila do Sossego.
Igreja atual, mas muito antiga por sinal
Igreja antiga, anterior a atual
Até outra oportunidade Rolim de Moura do Gauporé
Rio Mequéns
Porto, onde fica o estacionamento
Chegando em Izidolândia; distrito de Alta Floresta D'Oeste
Distrito que tem esse nome em homenagem a um dos pioneiros da região de Alta Floresta D'Oeste, e um dos antigos prefeitos: Izidoro Stedile.
O menino dos ingás... O Alexandre o indagou sobre os ingás, na esperança de ganhar ao menos um, imagino;... inocentemente o menino apontou numa certa direção e disse: é pra lá que tem! kkkkkkkkkkkkkkkk
O Amarildo se contentou com uma voltinha na magrela do menino
Hotel Teixeira da D. Dorca
Amarildo sentindo os efeitos da falta da bolha na moto
Izidolândia...
Essa raiz é famosa e antiga aqui
Gente boa tem em todo lugar
Ruas de Izidolândia
Aqui tem combustível
Ele ficou fascinado com as motos, disse que também vai viajar quando crescer; tá no sangue!!!
Estrada rumo ao Distrito de Filadélfia
Filadélfia
Foto aérea do distrito, tiramos a foto de um quadro na parede do mercadinho
Ruas de Filadélfia
Lazer
Gostei daqui
Filadélfia não tem combustível, mas tem internet
Amarildo descansando
Igreja do Distrito de Filadélfia
Estrada rumo a Vila Marcão
Vila Marcão
Aqui tem combustível e oficina de motos
Ruas da Vila Marcão
Vila Marcão; tem esse nome por conta desse marco antigo do INCRA, bem no centro da vila.
Estrada rumo a Vila Santo Antonio
Região de terra fértil com muitos cafezais
Obra de arte bem longe de qualquer grande centro urbano
Uma das riquezas de Rondônia
Vila Santo Antonio
Hospitalidade total
Ruas de Santo Antonio
Aqui também tem cerveja
Escola da Vila
Igarapé Saldanha
Linda corredeira
Esse é o artista que fez a moto de pneus
O Amarildo teve que conhecer o artista, mesmo sem querer, kkkkkkkkkkkkkkk
Um balanço bem original
Chegada em Alta Floresta D'Oeste
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